terça-feira, 3 de junho de 2008

Impulsos 'n' Pulsos

Meu olho não pára de latejar. Não sei o que é. Só sei que incomoda. Não compreendo movimentos involuntários. Compreendo sim. Fazem parte de mim. É involuntário falar o que não devia. Eu seria mestre nisso se dependesse de mim. Nem eu dependo de mim.

Meu olho não pára de latejar. Nem pensar eu consigo. Só imagino o pulso bem embaixo do meu raio de visão. Atrapalha. O horizonte fica trêmulo. Eu já não posso mais ver.

Isso não vai parar. Nem que eu tente. Não consigo me concentrar. Não consigo parar de dizer. Eu tento, mas não calo. Quando pensei, já disse.

É interessante como tudo fica torto desse ângulo. Logo não precisarei virar a cabeça. O peso nas costas me enverga. Literalmente.

Lembro das palavras terapêuticas. Quanto elas podem ajudar. Então simulo. Tchaikovsky . Chopin. Faixa de Gaza. Estelionato. Neper. Otorrinolaringologista. Nada. Nada muda meu incomodo.

Talvez a vibração seja a saída. Sair do que não pertence. Talvez por isso as palavras involuntárias. Dizer o que já não sente.

E parou. Eu não sinto mais nada.

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse olho esbugalhado me deu agonia ;~ O meu tá seco..devo estar chorando de menos o.o Parar para pensar antes de falar requer muita prática...porque o intervalo de tempo é TÃO diminuto

Dayana M. disse...

Viu o que palavras pressas são capazes?

Anônimo disse...

O que lateja em mim é meu coração. E esse não vai parar. Apesar de ser a única parte do corpo que lateja sem nossa percepção, eu consigo sentí-lo. E é forte. Mais do que um vasinho sangüíneo olho. E me treme o horizonte. E me treme o que eu sinto por você.
O ponto que eu quero chegar é que, graças as suas palavras "horríveis" eu sinto o meu coração latejar. Principalmente quando você me diz aqueles detestáveis "eu te amo".

Ó sua vida, dona Tila! Ó sua vida!
:D