É engraçado como agora que parei de cavar consigo encontrar tanta coisa. Todas essas peças antigas formando coisas novas. Vou escavando de forma sutil, enquanto esse resto de chuva remove a terra.
Esse baú outrora trancado, até que me enfiam a chave pela goela, e vou tirando palavra por palavra, visão por visão e reformulando esse quebra-cabeça. Esses sonhos confusos, essas estórias tímidas e dolorosas. Esses pensamentos infames.
Aí então me aparece aquela peça mal encaixada, perdida. A peça que ninguém veio me dar.
Sem perceber, caio nesse jogo confuso de encaixar e compreender. Esse jogo de fazer perguntas, descobrir verdades e montar cenas. Esse jogo que deveria mudar de nome.
Reuno as peças e recomeço o trabalho. Detalhadamente relembrando cada parte. Sinto minha cabeça inteira, apesar da bagunça. Mas não consigo terminar de montar esse quebra-coração.
Um comentário:
O famoso "vazio". Ás vezes incômodo...às vezes, relevante ^^
** Adorei a foto, parece que o coração está numa ambulância :D
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