terça-feira, 10 de março de 2009

14:32



O esmalte de suas unhas já descascava há horas e ela nem ao menos havia percebido o colapso nervoso que sua mente construía. As idéias desenrolavam em sua cabeça como nuvens em uma tempestade eminente.

A chuva já se fazia presente. Lenta, mas real. Dessa vez apenas chovia fora de sua mente, molhando a terra e todas as outras coisas. Mas nada era realmente importante.

Imaginava como talvez pudesse ter se apaixonado pelo cara certo na hora errada. Ela mesma ja havia sido a pessoa certa na hora errada. Mas o errado é o certo e o certo é o errado. Bom, era isso que os filmes tinham imaginado para a vida real. Considerava todas as possibilidades, mas as mais malvadas insistiam em perpetuar durante as horas, dias e anos.

Suas mãos formigavam de tanto mexer os dedos. Na realidade, pensando bem, era sua mente que formigava de tão encharcada. E ela sabia que nenhum daqueles choques poderia ir bem com água.

Antes mesmo que pudesse pensar em uma toalha, a água já estava no seu pescoço. Era sempre assim até que pudesse achar um ralo naquele maldito quarto de mil tampões invisíveis.

3 comentários:

• Viviane Nascimento • disse...

Nossa! Sufocante...

Anônimo disse...

Uma explosão de sentimentos

Anônimo disse...

Creio que a chuva leva consigo um turbilhão de coisas ruins para beeem longe. Vá e não volte mais. Acho que é por isso que gosto dela (: